Informe Arq Urb

Notícias da FAU UnB

Categoria: Informes

Um observatório sobre a preservação de Brasília

Caros Colegas,

Nosso professor doutor honoris causa Lucio Costa nos deixou muitas lições. Na Sociologia haveria um semestre dedicado a estudá-lo.

Em suas Cartas Patrimoniais, Isabelle Cury (org.), IPHAN, 2000, ao compilar o Compromisso de Brasília, derivado do 1º encontro dos governadores de estado e outras autoridades, em 1970, anexa carta de Lucio Costa, onde propõe:

“[…]; é, pois, chegado o momento de cada estado criar seu próprio serviço de proteção vinculado à universidade local, às municipalidades e à DPHAN, para que assim participe diretamente da obra penosa e benemérita de preservar os últimos testemunhos desse passado, que é a raiz do que somos – e seremos.” [grifo nosso].

Ao acompanhar as discussões sobre as afrontas ao Plano Piloto ocorridas no último ano, do modo mais acadêmico possível, respeitando as opiniões necessárias e divergentes que existem na FAU e desconsiderando o testemunho ocular do tempo decorrido de viver na Asa Norte de Brasília há 50 anos (o que dá direito a sentimento e viés), constatamos o papel resoluto que esta escola tem desempenhado na defesa da cidade.

Na visita promovida pela UNESCO de fiscalização do bem tombado, ocorrida na última semana, fomos solicitados a indicar representante da FAU para um encontro com os arquitetos estrangeiros. Foram indicados a professora Sylvia Fischer e o professor Benny Schvarsberg. Ao colocar as credenciais dos colegas junto a seus nomes ficou patente que indicávamos capacidades acadêmicas que poderiam plenamente substituir os ilustres visitantes.

De volta à lição do professor Costa e constatando que cada vez é menor o vínculo entre as pretensões dos que governam a cidade e o acervo cultural e de conhecimento, encontrados na Universidade de Brasília, ainda nos resta cumprir a lição de que devemos “participar da obra penosa e benemérita de preservar os últimos testemunhos desse passado”.

Assim, propomos a organização na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília de um Observatório: Brasília Patrimônio Cultural da Humanidade, posto na internet, com o objetivo de documentar a forma como tratamos a cidade, e obviamente permitir aos fiscais da UNESCO que, sem se locomoverem, possam avaliar o que fazemos com o título honrosamente recebido.

De fato, o professor Costa tem razão: ao ser perguntado, em visita ocorrida em 1987, sobre o que achava que deveria ser feito para proteger a preservação da cidade, respondeu: “– A CIDADE SE DEFENDE.” [Grifo e caixa alta nosso.]

Atenciosamente,

PROF JOSÉ MANOEL MORALES SÁNCHEZ
Diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Universidade de Brasília

Editora da FAU-UnB

Caros Colegas,

Nos anos 1970- 1980, a FAU, então chamada IAD e depois IAU, possuía forte tradição editorial própria com publicação em mimeógrafo (máquina de reprodução manual alimentada com álcool, o popular cachacinha) e depois com base em xerografia. Existia grande quantidade de apostilas e o famoso Boletim do IA, publicação bimestral com produção docente.

Nos anos 1990, com a facilidade computacional, essa produção surpreendentemente foi encerrada quando se tornou mais fácil a editoração de livros, inclusive em pequena escala. Esse potencial editorial se comprova, também, pela iniciativa de professores aposentados, que criaram editoras para publicação própria.

Considerando a forte potencialidade disponível nos quadros da FAU, como mostra a produção de livros nos últimos anos e no sentido de articular recursos financeiros que possam alimentar e fomentar a nossa produção, propõe-se a constituição da Editora da FAU-UnB.

Dois aspectos são fundamentais na implantação. Primeiro, estabelecer o Fundo Editorial da FAU-UnB, que possa receber recursos da venda dos exemplares e que esses recursos possam ser reempregados em novas publicações. Fundo gerido pelo Conselho da FAU.

Em segundo lugar, é fundamental criar um Conselho Editorial que se incumba de aprovar e de priorizar a produção.

Em anexo, as três resoluções a serem apreciadas pelo Conselho da FAU, em próxima reunião.

Viabilizar uma Editora em ambiente de Universidade pública será um grande desafio.

Atenciosamente,

Prof JOSÉ MANOEL MORALES SÁNCHEZ
Diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

Anexos:

Resolução_001/2012  Editora da FAU

Resolução_002/2012_Conselho Editorial FAU

Resolução_003/2012_Fundo Editorial FAU

FAU Premiada

Caros Colegas,

A FAU nos últimos anos vem sendo premiada com trabalhos de alunos de Graduação e de Pós-Graduação em diferentes eventos: Bienais Congressos etc.

Por diversas vezes a direção foi procurada pelos alunos e professores para expor esses trabalhos. Assim, como proposta para comemoração dos 50 anos FAU na quinzena do dia 21 de abril de 2012 gostaríamos de realizar uma exposição denominada FAU PREMIADA.

Como forma de iniciar a organização da exposição solicitamos encaminhar propostas para o email: jmmorsanchez@gmail.com. Propostas de alunos de Graduação, Pós-Graduação e de professores, por suposto.

Atenciosamente,

Prof José Manoel Morales Sánchez
Diretor da FAU-UnB

Trabalhos Inscritos:

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Professor da FAU conquista Pêmio CAPES de Tese

Caros Colegas,

A CAPES, órgão do MEC que rege a Pós-Graduação no Brasil, instituiu o prêmio CAPES de TESE para programas de pós-graduação, que tenham produzido mais do que cinco teses durante um ano.

Em 2009, o PPG-FAU teve onze teses defendidas, sendo cinco sugeridas pelos orientadores para concorrer, no programa, à indicação ao premio. A comissão formada no PPG-FAU escolheu um trabalho que, devido à greve ocorrida em 2010, foi levado diretamente em mãos à CAPES.

A comissão formada na CAPES, na área de arquitetura e urbanismo, premiou como melhor tese da área em 2010 o trabalho “Cidades Novas”, do nosso então aluno e, agora, caro colega, professor Ricardo Trevisan, sob orientação da professora Sylvia Ficher.

Mérito precisa de amparo e suporte para despontar. Portanto, estão de parabéns os professores Ricardo Trevisan e Sylvia Ficher e, também, todos no PPG-FAU e na FAU que contribuíram para o feito de fundamental importância para nossa pós-graduação.

Atenciosamente,

José Manoel Morale  Sánchez
Diretor da FAU-UnB

Resolução de Seleção PPG-FAU

Caros colegas

Assuntos urgentes e prioritários recebem o nome de crise. Vivenciamos nos últimos anos algumas crises, que foram superadas com resolução.

Inicialmente tivemos a crise dos recredenciamentos. Após a exaustiva discussão chegamos a Resolução de Credenciamento Docente que guiou a expansão do quadro docente e moveu a nossa nota de 3 para 4 na CAPES em 2010, com a observação de que temos condições de atingir a nota 5 na próxima avaliação.

Outra crise que ainda enfrentamos é o tempo de titulação discente que todo final de ano empilhava 30 processos para serem um a um decididos e sem dar balizas da importância da titulação em um tempo adequado. A Resolução de Tempo de Titulação Discente facilitou o processo burocrático e colocou um limite superior no tempo total de permanência no curso.

Outra crise que a discussão colegiada ofereceu solução definitiva foi a alocação de bolsas no PPG-FAU. A Resolução de Política de bolsas foi aplicada neste ano com fila pública que até esta data permitiu oferecer bolsas a todos os ingressantes da turma 2011.

Finalmente todo ano temos a crise da seleção. O processo implantado neste ano mostrou as seguintes características:

  1. Pela primeira vez todos os docentes do programa participaram em conjunto da atividade fundamental do programa;
  2. As linhas de pesquisas se reuniram, algo também inusitado, para implementar a seleção;
  3. O processo seletivo de maior qualidade da seleção do doutorado foi estendido para o mestrado;
  4. A prova de línguas teve correção por profissionais da área.

Em anexo consta proposta de resolução que documenta o processo de seleção experimentado neste ano. Esta resolução tem dupla importância.  Permitirá criar sistema informatizado para gerir a grande massa de dados que passamos a ter, dando maior segurança no processo e em segundo lugar, permitirá planejar a seleção da turma de 2013, já em maio.

A proposta será objeto de discussão em próxima reunião do colegiado.

Atenciosamente

José Manoel Morales Sánchez
Coordenador de pós-graduação

Resolução 002 -Procedimentos para a seleção de mestrado e doutorado-2

Plano de Desenvolvimento Institucional FAU 2012

Caros Colegas,

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade de Brasília segue a lógica dos Projetos Estratégicos, que são peças de planejamento propostas pela alta administração, onde são estabelecidas metas gerais, com objetivos por áreas. Uma missão é estabelecida e daí decorre o planejamento através de metas específicas. No PDI da UnB está estabelecida a seguinte missão:

“Ser uma universidade comprometida com o saber e a busca de soluções de problemas do País e da sociedade, educando homens e mulheres para o compromisso com a ética, com os direitos humanos, o desenvolvimento socioeconômico sustentável, a produção de conhecimento científico, cultural e tecnológico, dentro de referenciais de excelência acadêmica e de transformação social”.

O PDI da FAU deve se inserir nas metas propostas, algumas de ação direta dos decanatos, outras com possibilidade de inserção de projetos de nossa unidade, contribuindo para que a meta proposta possa ser atingida.

Preferimos como estratégia de planejamento e de construção coletiva a metodologia proposta por Collins (Feitas para Durar. Rocco. 2007), que propõe o estabelecimento de metas audaciosas mobilizadoras, que sejam de fácil compreensão mas de grande dificuldade para serem atingidas, requerendo criatividade e sinergia para serem alcançadas.

Assim propomos como meta audaciosa para a FAU:

A FAU-UnB será referência de excelência nacional máxima em ensino e pesquisa, graduação e pós-graduação, em arquitetura e urbanismo.

Considerando que temos nível 4 no índice Coeficiente Preliminar de Curso (CPC)  do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e nota 4 na avaliação da CAPES, imaginamos que falta pouco, mas os níveis 5 do INEP e 5 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), nunca foram atingidos na FAU, daí a audácia.

É evidente que atingir essa meta trará reconhecimento, senso de contribuição para docentes e técnicos e prestígio acadêmico para nossos alunos em graduação e pós graduação e principalmente para os egressos, no mercado de trabalho.

Propomos o detalhamento dessa meta audaciosa em cinco áreas: graduação, pós-graduação, extensão, espaço físico e administração. Em cada área uma meta audaciosa. Assim:

  1. Graduação: Conceito Preliminar de Curso (CPC) INEP 5 (excelência máxima).
  2. Pós-Graduação: CAPES 5 (nota máxima de excelência nacional);
  3. Extensão: Implantar 5 projetos de extensão continuada;
  4. Espaço Físico: Produzir os projetos para implantação da FAU;
  5. Administração: Produzir manuais de procedimentos administrativos de graduação, pós-graduação, e administração da FAU.

As metas ao serem atingidas devem ser alteradas, não se estabelece um prazo. Podem surpreender no prazo se houver proatividade e sinergia.

A proposta acima detalha os princípios enunciados no discurso de posse da atual direção, para relembrar:

[…] propor a construção coletiva de um Projeto Institucional, que de forma equilibrada e complementar promova o desenvolvimento da graduação e da pós-graduação do campo de conhecimento da Arquitetura e Urbanismo. [Contemplando:]

  1. A explicitação de um Projeto Cultural para a FAU;
  2. A recomposição do espaço físico da FAU Histórica e de sua requalificação como espaço de trabalho cotidiano;
  3. Um projeto político pedagógico centrado no desenvolvimento da potencialidade de cada aluno; e
  4. O estabelecimento de uma pós-graduação de referência nacional máxima na produção de conhecimento na área de Arquitetura e Urbanismo.

Portanto, com esses princípios e metas propomos a seguir projetos que construam de forma consistente com o PDI da UnB a meta audaciosa proposta.

Por suposto, os projetos propostos são, no momento, mera intenção;  dependem dos recursos que obtivermos junto à administração central, mas dependem muito também de sua transformação e apropriação em projetos coletivos detalhados.

Em 2012, quando a realidade nos apresentar sua crueza, decidiremos em quais projetos ou quanto designar de recursos públicos a cada um deles.

Abraços,

José Manoel Morales Sánchez
Diretor FAU – UnB

PDI-FAU 2012

A Câmara Legislativa Recebe a UnB – Arquitetura e Urbanismo

Apresentação

A Câmara Legislativa do Distrito Federal concede à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília uma grande oportunidade de expor, em local de grande acesso à população, o conhecimento produzido nos últimos anos em seu Programa de Pós-Graduação, constituindo o 1º Ciclo Acadêmico – A Câmara Legislativa recebe a UnB – Arquitetura e Urbanismo.

Este ciclo acadêmico demonstra que a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e seu Programa de Pós-Graduação estudam Brasília!

Desde 1962, metade do conhecimento que produzimos versa sobre Brasília. Sua gênese, seu urbano, sua arquitetura e também suas contradições de metrópole em crescimento quase convulsivo.

Nossa inserção social na região Norte, Nordeste e Centro-Oeste nos impõe, também, o estudo dessas regiões; decorrência da missão civilizatória de Brasília.

Acreditamos que cabe, a um ente público de educação como a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, promover o debate e a produção de conhecimento crítico, sem imposição de qualquer viés. Somente pela comparação de abordagens, ideias e até ideologias é possível chegar a contribuição que persista a modas e modismos.

Com esse conteúdo acadêmico é que nos apresentamos nesta Casa, com visões algumas vezes contraditórias, mas diante da complexidade da realidade, as soluções presentes na arquitetura e no urbanismo podem estar simultaneamente em extremos opostos e aqui reside nossa virtude e contribuição como área de conhecimento.

Deve-se destacar o esmero zeloso da organização deste ciclo pela equipe da Câmara Legislativa coordenada pela consultora legislativa Lenora Barbo.

Os trabalhos apresentados são de nossos ex-alunos, alguns em doutoramento, outros atuando profissionalmente em nossa cidade e dois convidados de estados do Norte e Nordeste.

A seleção judiciosa pela equipe da Câmara Legislativa teve como critérios: Trabalho que tratassem do território do Distrito Federal; A busca da maior diversidade de cidades, temas e orientadores; Teses e dissertações existentes em nossos arquivos digitais a partir de 2003; Atualidade do arcabouço teórico e legal; e, logicamente, por ser fundamental, a pauta legislativa da Câmara Legislativa.

Assim, os 25 trabalhos de 15 orientadores foram distribuídos nos temas: Pré-existências; Meio Ambiente e Meio Urbano; Estudos de Casos em diversas cidades do DF; e Desafios das Cidades.

Esperamos que nossa produção contribua com a consolidação deste 1º Ciclo Acadêmico, que com certeza será repetido em futuras edições agregando novas áreas de conhecimento que muito tem produzido em nossa Universidade de Brasília, tais como: geografia, sociologia, educação, saúde etc.

Cabe enfatizar que para nosso Programa de Pós-Graduação é de fundamental importância este evento.  Para a CAPES, órgão do Ministério da Educação responsável pela organização e avaliação da pós-graduação brasileira demostramos que nossa inserção social tem repercussão regional de grande impacto.

Este evento permite o encontro de ideias em um ambiente democrático e acadêmico cujo resultado  contribuirá para consolidar nossa pós-graduação como referência de excelência nacional e esperamos possa retribuir à sociedade com soluções e propostas de interesse para a melhoria de Brasília e seu Distrito Federal.

José Manoel Morales Sánchez
Diretor da FAU

Projeto Político Pedagógico FAU: Anais

Caros Colegas,

Conforme proposto demos continuidade, nos dias 4, 5 e 6 de outubro de 2011, das 9 às 12 horas, à discussão do Projeto Político Pedagógico da FAU. Nesta etapa o objetivo foi de consolidar e definir as condições de viabilidade do Curso Noturno em Arquitetura e Urbanismo. Discutimos também questões relevantes atuais que necessitam reflexão e posicionamento coletivo.

O relato, breve, a seguir visa documentar o evento e sinalizar as próximas etapas do processo de avaliação pedagógica que não pode ser visto como fato discreto, pontual, mas como um continuum, que em sua evolução avalia, aprimora e leva a um processo de autoconhecimento institucional e individual.

Uma alternativa a escassez do precioso tempo é preparar reuniões específicas sobre temas relevantes utilizando as reuniões Plenárias da FAU, que podem ser realizadas às sextas-feiras pela tarde. As discussões ocorridas demonstram a necessidade de maiores oportunidades de encontros de toda a faculdade com um propósito central de mútuo conhecimento e construção de rumos.

Projeto Político Pedagógico Institucional da UnB

A professora Cláudia Garcia apresentou aspectos da proposta para a UnB com as diretrizes para adequação da UnB ao projeto REUNI do MEC, que inclui a ampliação de vagas e construção de infraestrutura. O PPPI busca uma construção coletiva em interação com a comunidade.

O documento esteve sob consulta até o dia 8/10/2011 no endereço [http://www.unb.br/administracao/decanatos/deg/]. A estrutura do documento é referencia para a elaboração de Projetos Pedagógicos na UnB, essenciais no processo de avaliação das universidades realizado pelo INEP/MEC.

Documento PPPI UnB

Evasão e Retenção no Curso de Arquitetura e Urbanismo

A professora Cláudia Garcia apresentou estudos sobre a evasão e retenção no curso de Arquitetura e Urbanismo, concluindo que os alunos do PAS desistem mais, mas se formam mais rápido em comparação com os alunos que ingressam por vestibular, que apresentam comportamento oposto, desistem menos e levam mais tempo para obter o grau.

Apresentou que os alunos da FAU tem um tempo de permanência no curso de em média 6 anos que em comparação com os demais cursos da UnB somente fica abaixo da Medicina.

Comenta que a reprovação nas disciplinas da FAU é bastante baixa atingindo no máximo 20%, incluindo-se os alunos com SR. Apresenta dados destacando as disciplinas Estética e História da Arte e Sistemas Estruturais em Aço, ambas no 4º semestre, com um índice de 20% e da disciplina Trabalho Final de Graduação com um índice de 10%.

Uma das causas levantadas para a retenção é a necessidade de se realizar estágios e o choque com as disciplinas do fluxo do curso. Neste semestre a grade horária dos quatro últimos semestres será modificada, se necessário, para cumprir essa condição.

Canteiro Experimental

O professor Buzar apresentou o Canteiro Experimental frisando que se trata de Canteiro e Laboratório de Apoio. O projeto arquitetônico do professor Buson foi concebido de forma modular em dois blocos, explorando a construção em solo-cimento. O bloco inicial, o Galpão de Ensaios, possui verba orçamentária disponível. O projeto incorpora aspectos de ensino, pesquisa e extensão.

O projeto se encontra em fase final de orçamento e de conclusão do projeto estrutural [concluído no momento deste relato].

Foi reportada por alunos a experiência do professor Flósculo na disciplina Projeto de Arquitetura de Grandes Vãos utilizando o tema do canteiro experimental e suas possibilidades pedagógicas. Foram apresentadas por outros presentes sugestões para o funcionamento do Canteiro.

Parece evidente a necessidade de construir um Projeto Pedagógico e de Pesquisa para o Canteiro Experimental da FAU. Documento importante para apresentar sua infraestrutura e também a contribuição de ensino e de produção de conhecimento.

Currículo de Graduação Noturno da FAU

A direção relatou o processo que culminou com o envio ao Decanato de Graduação do projeto político pedagógico do curso noturno. O projeto elaborado por comissão composta pelos chefes e coordenadores de graduação em atividade em fevereiro de 2011, foi analisado de forma elogiosa pelos técnicos em pedagogia do DEG, nos solicitando que justificássemos apenas o fato do não atendimento do mínimo de créditos optativos previsto nos regulamentos da UnB. Como nosso currículo diurno, do qual o noturno é rebatimento, foi concebido antes da restrição do regulamento, solicitamos que a medida não fosse imposta ao curso noturno pela forte similaridade de concepção entre ambos os currículos.

O currículo noturno possui equivalência pedagógica e de conteúdo com o curso noturno. Essa equivalência visa que os egressos formados nos dois currículos sejam submetidos ao mesmo processo educacional e buscando formação idêntica.

Foi enfatizado que o objetivo central desta edição de discussão Projeto Político Pedagógico da FAU é avaliar a viabilidade de implantação do currículo noturno, além de levantar os necessários ajustes entre os dois currículos.

Enfatizou-se que a FAU possui dois currículos ministrados por um único corpo docente, e que essa premissa é importante para viabilizar a implantação do curso noturno.

Neste semestre será feita a lista de oferta de todo o currículo noturno, até o décimo segundo semestre, e não apenas até o quinto semestre, em implantação. Visa perceber as especificidades não contempladas e a carga total de créditos dos docentes. Nessa contagem serão considerados os créditos da pós-graduação.

Equivalência Currículo Diurno – Noturno

Em decorrência de licença médica de licença médica do professor Ricardo Trevisan, Coordenador do Curso Noturno, o documento por ele preparado, versando sobre a equivalência entre os dois currículos, foi apresentado pela direção.

O documento confronta os dois currículos e de forma objetiva permitiu levantar os seguintes pontos:

  1. A disciplina Planejamento Urbano consta como obrigatória no curso noturno e como obrigatória-seletiva no curso diurno. Como a disciplina é requisito das Diretrizes Curriculares do MEC e como já dispomos de professores concursados (a professora Flaviana, recém-contratada, presente), será encaminhada proposta ao Colegiado de Graduação para implementação.
  2. As disciplinas Introdução à Pesquisa, Desenho e Plástica 3 e Programação Visual Aplicada à Arquitetura e Urbanismo constam como obrigatória no curso noturno e como obrigatória seletiva no diurno. Será remetido aos colegiados dos departamentos para discussão sobre a permanência das mesmas como obrigatórias tendo em vista a demanda docente e nossas tradições.
  3. As disciplinas Sistemas Construtivos1 (diurno) e Introdução à Tecnologia na Arquitetura e Urbanismo para serem equivalentes necessitam de adequação de conteúdo e de denominação. Será remetido aos TEC para propor os ajustes necessários.
  4. As disciplinas de Sistemas Estruturais do diurno e noturno necessitam de compatibilização de carga horária para produzir equivalência, Será remetido à área de Sistemas Estruturais para preparar relato para que o departamento delibere e encaminhe ao Colegiado de Graduação.
  5. Rever a carga didática de Desenho de Arquitetura (noturno) que possui apenas 2 créditos e estudar a integração com Computação Gráfica. Será formada comissão para solucionar o tema.
  6. Outros pontos que necessitam estudos e/ou ajustes:
    1. Topografia com turma sábado pela manhã.
    2. Materiais de Construção Teoria e Prática no mesmo período do fluxo.
    3. Infraestrutura Urbana antes de Projeto de Urbanismo 1.
    4. Conforto Térmico diurno em dois semestres.

Outros assuntos foram abordados como temas que necessitam de discussão:

  • Uso e ensino da Computação Gráfica
  • Integração curricular
  • Atividades Complementares
  • Estágio Supervisionado

A pauta levantada será objeto de acompanhamento e avaliação pelo Colegiado de Graduação da FAU que remeterá ao Decanato de Graduação os ajustes necessários produzidos e que garantem a equivalência entre os dois currículos da FAU.

Semestral de Arquitetura

Inicialmente a direção relatou sobre as duas circulares enviadas que motivaram a proposta da organização de evento que permitisse a conclusão do semestre com clima de festa acadêmica. Foi ressaltado o feito exemplar do projeto de extensão acadêmica do Departamento de Artes Cênicas denominado de Cometa Cenas. Reportou-se a manifestação de concordância imediata do CAFAU, de diversos professores e alunos.

A seguir a professora Maribel Aliaga apresentou proposta que em linhas gerais consiste de duas exposições: uma ao final do semestre, organizando mostras já existentes, inclusive a Diplomação; e outra no início do semestre com trabalhos selecionados como forma de boas vindas aos calouros.

Após farta discussão foi deliberado que uma comissão seria nomeada por ato da direção para elaborar Projeto Preliminar da Semestral de Arquitetura contendo objetivos, justificativa, organização e cronograma. Foi proposta comissão constituída das professoras Maribel, Márcia, Luciana e Rosana e pelos alunos Lara Vieira e Renan Borzoni.

Quando o projeto preliminar estiver concluído será enviado para discussão nos Colegiados dos Departamentos e posteriormente no Colegiado de Graduação que se incumbirá de acompanhar, motivar e formalizar.

Projeto Político Pedagógico FAU

Convênio FAU-UnB e Fundação Renzo Piano

Caros colegas,

Recebemos correspondência com data de 29/09/2011 da Fondazione Renzo Piano enviada pela diretora do programa de educação arquiteta Milly Piano.

A carta manifesta inicialmente a satisfação com os alunos que lhes enviamos a cada ano, e nos propõe a participação em um novo programa denominado School Design and Construcion from A to Z que objetiva projetar e construir uma escola para crianças.

A ideia preliminar enviada e que terá o envolvimento pessoal do arquiteto Renzo Piano envolverá equipe de arquitetos da Renzo Piano Building Workshop, nossos estudantes e também operários, conduzidos com a iniciativa de nossa escola.

A proposta audaciosa e auspiciosa tem de nossa parte integral entusiasmo, principalmente pelo potencial de integrar um número maior de nossos alunos com o programa educacional de Renzo Piano, algo que aspirávamos como forma de dar maior amplitude ao convênio existente.

A atual aluna do intercâmbio, Ayla Gresta, nos comunicou as intenções da Fundação de criar um projeto de alcance social.

Assim, a carta da Fundação será enviada ao CASAS (Centro de Ação Social em Arquitetura e Urbanismo Sustentável – Escritório Modelo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília) que convocará professores e estudantes interessados que deverão conduzir a organização e elaboração de uma proposta que garanta a viabilidade da empreitada corajosa sugerida.

A atuação do CASAS com o projeto PHISAR ( Projeto de Habitação de Interesse Social em Assentamentos Rurais), orientado pelo professor Janes Cleiton de Oliveira, que já construiu 100 (cem) casas no Assentamento Rural Itaúna, próximo ao município goiano de São Gabriel, a cerca de 80 quilômetros de Brasília,  permite crer que reunimos as condições para a realização dessa proposta pedagógica arquitetônica completa.

Abraços,

José Manoel Morales Sánchez
Diretor da FAU